Acabaram ontem as primárias democráticas norte-americanas. Com o nomeado republicano há muito escolhido (John McCain), ficou ontem decidida a corrida á outra nomeação existente. Resta agora recapitular os últimos resultados e (tentar) antecipar aquilo que serão as futuras equipas candidatas á presidência, que só serão definitivas depois das convenções democrata e republicana.
Chega assim ao fim a corrida mais renhida de sempre por uma nomeação partidária - ganha pelo senador do Illinois, Barack Obama. Depois do meu último post sobre o assunto, que podem ler aqui, onde compilei aquilo que tinha sido feito e as primárias que faltavam realizar, bem como o actual número de delegados que cada candidato tinha, até então, angariado, venho agora colocar aqui, em jeito de conclusão, o resto do percurso feito, os resultados, os nomeados com que cada candidato acabou e a minha opinião sobre o futuro das (agora) duas candidaturas.
Ficam então aqui os resultados das primárias realizadas desde 4 de Março, o quadro "final" dos delegados e aquilo que falta "percorrer" até ao dia das eleições, a 4 de Novembro deste ano:
Chega assim ao fim a corrida mais renhida de sempre por uma nomeação partidária - ganha pelo senador do Illinois, Barack Obama. Depois do meu último post sobre o assunto, que podem ler aqui, onde compilei aquilo que tinha sido feito e as primárias que faltavam realizar, bem como o actual número de delegados que cada candidato tinha, até então, angariado, venho agora colocar aqui, em jeito de conclusão, o resto do percurso feito, os resultados, os nomeados com que cada candidato acabou e a minha opinião sobre o futuro das (agora) duas candidaturas.
Ficam então aqui os resultados das primárias realizadas desde 4 de Março, o quadro "final" dos delegados e aquilo que falta "percorrer" até ao dia das eleições, a 4 de Novembro deste ano:
(ver legenda abaixo)
Pledged delegates:Won by candidates in primaries and caucuses that pledge to support their candidates at the national conventions.
Superdelegates: Democratic officeholders and party officials guaranteed national convention seats that can support the candidate of their choice.
Unpledged RNC delegates: Republican party officials guaranteed national convention seats that can support the candidate of their choice.
4 de Março
Texas, Ohio, Rhode Island (HC)
Vermont (BO)
8 de Março
Wyoming (BO)
11 de Março
Mississípi (BO)
22 de Abril
Pensilvânia (HC)
6 de Maio
Indiana (HC)
Carolina do Norte (BO)
13 de Maio
West Virgínia (HC)
20 de Maio
Kentucky (HC)
Oregon (BO)
3 de Junho
Montana (BO)
Dakota do Sul (HC)
Superdelegates: Democratic officeholders and party officials guaranteed national convention seats that can support the candidate of their choice.
Unpledged RNC delegates: Republican party officials guaranteed national convention seats that can support the candidate of their choice.
4 de Março
Texas, Ohio, Rhode Island (HC)
Vermont (BO)
8 de Março
Wyoming (BO)
11 de Março
Mississípi (BO)
22 de Abril
Pensilvânia (HC)
6 de Maio
Indiana (HC)
Carolina do Norte (BO)
13 de Maio
West Virgínia (HC)
20 de Maio
Kentucky (HC)
Oregon (BO)
3 de Junho
Montana (BO)
Dakota do Sul (HC)
25-28 de Agosto - Convenção Nacional Democrata
1-4 de Setembro - Convenção Nacional Republicana
1-4 de Setembro - Convenção Nacional Republicana
4 de Novembro de 2008 - Eleição Presidencial
Com a comunicação social a reportar a insistência de Hillary Clinton em chegar á Casa Branca, agora pela porta pequena (a Vice-Presidência) - intenção que é reforçada pelo facto desta não ter ainda assumido a derrota na corrida, no campo democrata levantam-se duas grandes questões:
- Será que Obama pode ignorar o número de delegados que a sua adversária obteve (recordo que a senadora perdeu a corrida por menos de 130 delegados e que ainda existem 150 super-delegados que não manifestaram apoio a nenhum dos candidatos) e arriscar-se a dividir um partido que quer evitar, a todo o custo, aquilo que designa de uma "terceira candidatura de G.W.Bush"?
- E assim sendo, irá ele unificar a metade do partido que, até aqui, não o apoiava, convidando Hillary Clinton para formar com ele o tão anunciado "dream ticket" que, por ora, é posto em causa por opiniões discordantes, que apontam mais para John Edwards ou para outro VP possível, como personalidade que acompanhe Obama na sua candidatura á Casa Branca?
Após tantos meses de debates, de votações, de sondagens e de montes e montes de artigos de opinião, chego a duas conclusões no que diz respeito aos democratas que talvez possam contribuir para antever aquilo que será o futuro da candidatura Obama.
- A primeira é que o "furacão Obama", este fenómeno que venceu a corrida, não cresceu e sobreviveu graças aos apoios políticos, os "endorsements", mesmo que tenha beneficiado disso e que, por isso, não deve agora ceder na sua mensagem de mudança e "oferecer" a uma personalidade, por maior que seja o seu apoio, a vice-presidência, como consequência desse facto.
- A segunda conclusão a que chego é que este argumento acima apresentado, apesar de forte, não é aplicável no caso da senadora de Nova Iorque. Porquê? Porque Barack Obama não condiciona (tanto) a sua mensagem ao restabelecer a união no seu partido e porque não se pode dar ao luxo de sacrificar quase 50% do eleitorado democrata e negar á senadora Clinton aquilo que o seu resultado, que já vimos qual foi, lhe concede (por assim dizer), sobretudo quando tudo aponta para que uma candidatura (junta) destes dois é quase imbatível.
Os próximos dias darão resposta a estas perguntas, mesmo que não forneçam a resposta para outra, que diz mais respeito aos republicanos, sobre quem será o 'parceiro' de John McCain na sua candidatura, dado que ainda não foi divulgado. Por mim, já que não verei Hillary Clinton candidata ao cargo de Presidente, acho que seria fantástico ver uma dupla histórica, o 'dream ticket' a candidatar-se. Podem contar com O Blog do Bernas para acompanhar este processo, comentando estas (e outras) incidências até ao fim da corrida, a 4 de Novembro de 2008.
PS: Desculpem-me o facto de se tratar de um post muito longo, mas este 'recap' tinha que ser feito antes de colocar aqui um artigo mais curto, com mais opinião.
- Será que Obama pode ignorar o número de delegados que a sua adversária obteve (recordo que a senadora perdeu a corrida por menos de 130 delegados e que ainda existem 150 super-delegados que não manifestaram apoio a nenhum dos candidatos) e arriscar-se a dividir um partido que quer evitar, a todo o custo, aquilo que designa de uma "terceira candidatura de G.W.Bush"?
- E assim sendo, irá ele unificar a metade do partido que, até aqui, não o apoiava, convidando Hillary Clinton para formar com ele o tão anunciado "dream ticket" que, por ora, é posto em causa por opiniões discordantes, que apontam mais para John Edwards ou para outro VP possível, como personalidade que acompanhe Obama na sua candidatura á Casa Branca?
Após tantos meses de debates, de votações, de sondagens e de montes e montes de artigos de opinião, chego a duas conclusões no que diz respeito aos democratas que talvez possam contribuir para antever aquilo que será o futuro da candidatura Obama.
- A primeira é que o "furacão Obama", este fenómeno que venceu a corrida, não cresceu e sobreviveu graças aos apoios políticos, os "endorsements", mesmo que tenha beneficiado disso e que, por isso, não deve agora ceder na sua mensagem de mudança e "oferecer" a uma personalidade, por maior que seja o seu apoio, a vice-presidência, como consequência desse facto.
- A segunda conclusão a que chego é que este argumento acima apresentado, apesar de forte, não é aplicável no caso da senadora de Nova Iorque. Porquê? Porque Barack Obama não condiciona (tanto) a sua mensagem ao restabelecer a união no seu partido e porque não se pode dar ao luxo de sacrificar quase 50% do eleitorado democrata e negar á senadora Clinton aquilo que o seu resultado, que já vimos qual foi, lhe concede (por assim dizer), sobretudo quando tudo aponta para que uma candidatura (junta) destes dois é quase imbatível.
Os próximos dias darão resposta a estas perguntas, mesmo que não forneçam a resposta para outra, que diz mais respeito aos republicanos, sobre quem será o 'parceiro' de John McCain na sua candidatura, dado que ainda não foi divulgado. Por mim, já que não verei Hillary Clinton candidata ao cargo de Presidente, acho que seria fantástico ver uma dupla histórica, o 'dream ticket' a candidatar-se. Podem contar com O Blog do Bernas para acompanhar este processo, comentando estas (e outras) incidências até ao fim da corrida, a 4 de Novembro de 2008.
PS: Desculpem-me o facto de se tratar de um post muito longo, mas este 'recap' tinha que ser feito antes de colocar aqui um artigo mais curto, com mais opinião.
Sem comentários:
Enviar um comentário