"D" Day for Clinton and Obama

Hoje decidem-se, nas primárias norte-americanas, os Estados do Ohio, Texas, Rhode Island e Vermont. Com os delegados destes Estados atribuídos o caminho que resta para as convenções nacionais e para as eleições presidenciais encurta-se imenso.

Deixei aqui uma breve explicação de como as coisas estão actualmente, daquilo que falta fazer até dia 4 de Novembro, de como funciona a eleição do Presidente (colégio eleitoral e peso de cada um dos estados) e uma frase (um pouco maior que uma frase, mas pronto...) que faz uma boa conclusão para este assunto (adorei o pormenor da feijoada em Matosinhos).

Vejamos então o actual 'status quo', o calendário e aquilo que resta aos candidatos:

(ver legenda abaixo)

Pledged delegates: Won by candidates in primaries and caucuses that pledge to support their candidates at the national conventions.
Superdelegates: Democratic officeholders and party officials guaranteed national convention seats that can support the candidate of their choice.
Unpledged RNC delegates: Republican party officials guaranteed national convention seats that can support the candidate of their choice.

3 de Março - Em 50 Estados faltam:
- 11 Primárias bipartidárias
- 3 Primárias Democratas (D)
- 4 Primárias Republicanas (R)

4 de Março - Texas, Ohio, Rhode Island e Vermont
8 de Março - Wyoming (D) e Guam (R)
11 de Março - Mississípi
22 de Abril - Pensilvânia
6 de Maio - Indiana e Carolina do Norte
13 de Maio - Nebraska (R) e West Virgínia (D)
20 de Maio - Kentucky e Oregon
27 de Maio - Idaho (R)
3 de Junho - Montana (D), Novo México (R) e Dakota do Sul

25-28 de Agosto - Convenção Nacional Democrata
1-4 de Setembro - Convenção Nacional Republicana

4 de Novembro de 2008 - Eleição Presidencial

Assim sendo, se para John McCain e Mike Huckabee hoje deve ser o dia em que os republicanos ficam com o seu candidato ás eleições presidenciais de 2008 definido, com o facto de McCain selar aqui a nomeação a ser quase uma certeza; para Hillary Clinton e Barack Obama, o dia de hoje não determina nada de forma definitiva, mas não pode deixar de ser visto como uma bóia de salvação para a Senadora, que tem de vencer para interromper as 11 vitórias consecutivas que o seu adversário já leva e reverter o seu estatuto de 2ª numa corrida que está, obviamente, a perder.

Deixo-vos, como disse incialmente, com um excerto (é mais um parágrafo) de um artigo do jornalista João Miguel Tavares para o DN de hoje (ver aqui), a que achei imensa piada e que corresponde, gostos aparte (o dele e principalmente o de Pacheco Pereira, que leva uma monstruosa marretada verbal no texto), á verdade sobre aquilo que se passa por lá.

(...) Fazer campanha eleitoral nos EUA não é bem o mesmo que organizar uma feijoada para dois mil reformados em Matosinhos. É preciso organização, imaginação, uma táctica acertada, um planeamento sem mácula - tudo qualidades que contam, e muito, quando se põe os pés na Casa Branca. E neste aspecto, todos admitem o óbvio: Obama enfiou Hillary no bolso.
Cair no paleio de qualquer vendedor de banha da cobra é muito mau. Todos de acordo sobre isso. Mas não reconhecer um político especial, quando ele aparece bem à frente dos nossos olhos, é muito pior."