Antes de mais, como ainda não actualizei o blogue, ainda não surge uma barra lateral com os posts referentes ás rúbricas que eu mantenho no mesmo, sendo que, actualmente, estas são duas: a Sondagem do Bernas (de momento parada) e a Leitura Digestiva (que tem neste post a sua 3ª edição). A seu tempo, isso passará a suceder.
Por isso mesmo, para a 1ª e 2ª edições da Leitura Digestiva:
- Leitura Digestiva #1: aqui.
- Leitura Digestiva #2: aqui.
Desta vez, são os Hunos, e este livro, de Michael Curtis Ford, que merecem a minha atenção. Por não possuir net (de momento) e por me encontrar radicado no Guincho, ainda não digitalizei a capa do mesmo, sendo que, por isso, a capa que vêem é a capa original. "A Espada de Átila", "The Sword of Attila" no original, é, basicamente, a história de uma batalha, um massacre que preservou o Império Romano do Ocidente, que o salvou do destino que, décadas depois, este encontraria, a batalha de Challons.
Toda a história que nos é contada remete inexorávelmente para este momento, para o confronto entre dois homens, Flávio Aecio, comandante supremo das legiões e Átila, o Huno, que decidiria a sorte de dois impérios.
Pela mão de Curtis Ford conhecemos duas realidades distintas, e observamos o crescimento e o choque de duas personalidades, dois indivíduos que, a dada altura, são mais do que potênciais rivais, são amigos, partilhando a mesma sorte (pois são refens que passam tempo no Império e na Corte dos Hunos, respectivamente), mas sempre cientes de que um dia, mais tarde ou mais cedo, poderiam enfrentar-se, no campo político ou no de batalha, numa altura em que era muito comum a mistura entre os dois...
Apesar de não ser muito conhecida, a batalha de Challons constituiu um dos maiores massacres que a história de Roma, antes e depois da formação do Império, conheceu. Do resultado desta, determinou-se o futuro não só do mundo ocidental, que na altura estava prestes a assumir o seu ponto de ruptura perante as invasões bárbaras, mas também do Império Romano do Oriente, que sobreviveria tanto a Átila como à própria queda do Ocidente.
Assim, aquela que é a história de uma batalha, de dois homens e das suas vidas, transforma-se num resumo daquilo que eram duas concepções de sociedade, a romana e a bárbara, e culmina num momento, a 451 D.C., em que estas se defrontam, determinando o resultado não só o destino da Europa mas também o da civilização como a conhecemos.
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