quinta-feira, 5 de abril de 2007

Leitura Digestiva (#2)

Nota: A expressão "Leitura Digestiva" diz respeito aos livros que costumo ler muitas vezes ou aqueles livros que aprecio tanto, que acabo por, independentemente do tamanho destes ou do tempo disponível, me envolver na leitura deles, levando-os para todo o lado e aproveitando toda a ocasião para os ler, até que os acabe (quem me conhece melhor e/ou já passou férias comigo já está habituado a ver-me com o 'tijolo' atrás, sendo que não é de todo invulgar passado dois, três dias, já ter mudado de exemplar...).


Tal como o primeiro livro desta rúbrica, "Marés de Guerra", "Portas de Fogo" é também de Steven Pressfield e mantém a mesma temática que o livro anterior, ie. o mundo grego e as suas histórias.

Mas se no primeiro post com este nome sugeria uma obra que abordava a Guerra do Peleponeso, entre Atenas e Esparta, aquele que vos trago agora trata um episódio diferente, um episódio que, provavelmente constitui o momento mais célebre do Estado Espartano, a Batalha das Termópilas, e o rechaçar da invasão Persa, com as posteriores vitórias no mar (Salamina) e em terra (Plateia) e a congregação de Estados Gregos que permitiu as mesmas.

A 480 A.C. as forças do Império Persa, comandadas pelo seu rei Xerxes, atravessaram o Helesponto, invadindo a Grécia com o intuito de a conquistar e escravizar. Perante a inacção grega, Esparta decide enviar 300 guerreiros de elite, liderados pelo seu Rei, Leónidas, numa acção dilatória, com o fim de atrasar a passagem do exército invasor pelo menos por uns dias.

Esta é a história do soldado da linha, do interveniente, daquele que participou na batalha até ao fim, um auxiliar, ferido mortalmente e capturado pelos persas que, perante tudo quanto tinham visto nos últimos sete dias, lhe pediram que contasse a sua visão dos acontecimentos, a sua vida até ali e que lhes explicasse que tipo de sociedade produzia trezentos homens, que perante uma desvantagem numérica impossível de superar (um milhão de inimigos) se decidiam sacrificar, um por um, pelo seu Estado e famílias.

Deixo aqui o link para a primeira edição desta rúbrica e recomendo vivamente este livro, que cá em Portugal nos é fornecido pela editora Ulisseia.

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