segunda-feira, 24 de abril de 2006

Estado de Espírito

Pois é...

As vezes, por motivos que nos escapam, deixamo-nos levar por este frenesim de comentários, de ataques (e defesas)... e esquecemos que mais importante que discussões sem sentido, são as pessoas de quem gostamos... pessoas que verdadeiramente merecem a nossa atenção.

Não sei se para voltar um pouco ás origens, se para dar azo a um hábito meu, se por apenas querer passar para algum local aquilo que me vai na cabeça (e no coração), o que interessa é que queria que soubesses... queria deixar aqui isto.

E assim aqui deixo, embora por motivos diferentes do que da 1ª vez (saudades), outro texto, outra música, esta pertença dos Clã, que retirei para o papel e que agora passo para aqui.


Problema de Expressão

Só para dizer que te Amo,
Nem sempre encontro o melhor termo,
Nem sempre escolho o melhor modo.

Devia ser como no cinema,
A língua inglesa fica sempre bem,
E nunca atraiçoa ninguém.

O teu mundo está tão perto do meu,
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

Só para dizer que te Amo,
Não sei porquê este embaraço,
Que mais parece que só te estimo.

E até no momento em que digo que não quero,
E o que sinto por ti são coisas confusas,
E até parece que estou a mentir,
As palavras custam a sair,
Não digo o que estou a sentir,
Digo o contrário do que estou a sentir.

O teu mundo está tão perto do meu,
E o que digo está tão longe,
Como o mar está do céu.

E é tão difícil dizer amor,
É bem melhor dize-lo a cantar,
Por isso esta noite, fiz esta canção,
Para resolver o meu problema de expressão,
Para ficar mais perto, bem mais de perto,
Ficar mais perto, bem mais de perto.


Bernas (24 de Abril de 2006).

4 comentários:

Anónimo disse...

Finalmente! Alguém que, com muitas palavras, resume o pouco que me vai na alma.

Continua!

Aquele abraço.

Anónimo disse...

Não sei como o fazes, mas penso exactamente isso. Sinto isso. Continua! Grande abraço!

Anónimo disse...

Concordo. E no entanto... fica sempre tanto por dizer... Parece que temos as palavras entaladas na garganta. Bernardo, fico profundamente emocionada, nao sei se deva rir ou chorar.

Anónimo disse...

O que fazer nestas alturas em que voamos bem alto nas nuvens e nos sentimos intocáveis? Como conjugar isso com a banalidade da vida? Como podemos simplesmente descer e aterrar quando não é isso que queremos?
O amor é, e sempre será, algo de belo e complexo que nos impede de pensar como deve de ser, que nos deixa deslumbrados e, mesmo que não sejamos correspondidos, nos deixa num estado supremo de contemplação e facínio.
Não deixem de senti-lo pois permite uma introspecção especial.

A vida está cheia de pequenas coisas que nos alegram...encontrem-nas e apreciem-nas ao máximo, mesmo que seja a coisa mais insignificante do mundo...deixa de o ser a partir do momento em que vos toca e permite um sorriso ou um estado de paz.

Sejam felizes e lamento se, por acaso, disse algo que não devia ou que magoou alguém - não era essa a minha intenção.