quarta-feira, 17 de setembro de 2008

A saga continua...

Isto é só mais uma achega, para quem leu o meu post/testamento no Linhas de Passe, intitulado "As andanças do futebol Lusitano" em que compilei, numa versão mais extensa e actualizada que a do meu post original sobre o assunto (feito aqui no Blog do Bernas), todas as incidências desta saga que envolve o Benfica, o Porto, o Guimarães, a Liga, a Federação e a UEFA, entre outros... Na altura, tal como agora, não omiti acontecimentos nem deixei ninguém pior ou melhor visto do que os factos me permitiram, posto que me baseei (e suportei) em todos os parágrafos dessa longuíssima cronologia no respectivo link.

Para quem ainda não leu nada, deixo aqui (outra vez) os links para o primeiro post sobre o assunto (do BdB) e para a grande e gloriosa compilação (do LdP), acrescentando este pequeno testemunho, de mais um eterno fornecedor de "material" desportivo, o Jornal Record. Porque há que vender jornais, encher caixas de comments destes, fazer horas de reportagem e gastar todo o latim possível e mais algum sobre o caso/sucessão de casos/novela.


17/Setembro - Ficamos a saber, que o Tribunal Arbitral do Desporto (vulgo TAS) pode ter violado o princípio da necessidade de análise e apreciação jurisdicional da prova ao considerar, no acórdão ontem tornado público, que as decisões da Comissão Disciplinar da Liga (CD) e do Conselho de Justiça (CJ) da FPF “não demonstram suficientemente o envolvimento em actividades ilícitas” do FC Porto, no âmbito do processo Apito Final. Porquê? Porque nem sequer analisou as decisões (vulgo acordãos) resultantes dos órgãos acima nomeados. Perante o facto de ainda ninguém ter retirado consequências jurídicas ou ter tomado qualquer tipo de acção como consequência desta possíbilidade (que remete para a primeira instância disciplinar da UEFA - o CCD ou Comité de Controlo e Disciplina qualquer decisão futura), deixo aqui também o resto da notícia:

"Não sendo o TAS um órgão de recurso das instâncias desportivas portuguesas, tinha duas hipóteses ao analisar este caso: ou aceitava as decisões da justiça desportiva e fazia o seu juízo em função do que foi decidido em definitivo na justiça desportiva portuguesa (o efeito desportivo da subtracção de pontos e de suspensão dos dirigentes e árbitros) ou punha em causa as decisões da justiça desportiva e fazia um juízo próprio.

Ao optar por esta última forma, como aconteceu, teria de analisar todo o processo, ou seja, a prova produzida, a fundamentação dos órgãos da justiça desportiva, a justeza da decisão à luz do regulamento disciplinar português e, por fim, se não concordasse com a decisão, explicar porquê. Ora, o próprio TAS reconhece que não teve acesso à tradução dos acórdãos que penalizaram o FC Porto e Pinto da Costa, acrescentando que as decisões tomadas pelo CJ “não foram claras”. Para além do facto de ainda correrem processos nos tribunais admnistrativos das decisões tomadas. Providências cautelares que têm vindo a ser indeferidas... (...) Ou seja, o FC Porto ganhou mais uma batalha, mas esta guerra ainda não terminou..."


Esta última frase é uma preciosidade que eu queria guardar no post para a posteridade. Não sei se o artigo foi feito por um indivíduo particularmente avesso ao FC Porto mas reconheço que, com ou sem Quaresma, com mais ou menos 'aldrabiçes' a nível interno, eles deram hoje um balente cabaz no Fenerbahce... e enquanto assim for (na UEFA) fico satisfeito. Cá dentro é outra conversa, mas isso é muita areia para esta (pequena) camioneta...

Sem comentários: