quarta-feira, 21 de maio de 2008

A sorte de uns é o azar de outros...

O post de hoje é sobre os dois vencedores das competições europeias, o Manchester United e o Zenit de São Peteresburgo. Após mais um ano a acompanhar estas provas, vejo-me surpreendido com a vitória russa, e feliz com o Cristiano Ronaldo por ele ter ganho, sobretudo depois de o ver a falhar aquele penalty.
Abordando primeiro o caso do Zenit, temos que ponderar a influência de dois factores e decidir qual deles é o mais importante para a conquista deste troféu: os petro-rublos que existem (em barda) neste clube (fruto de mais um dono milionário), ou o plantel e o treinador Dick Advocaat (que passou de 'besta' a 'bestial' para a quase totalidade dos comentadores desportivos).
Não mudei a minha opinião acerca do treinador holandês, mas acredito que o plantel do Zenit tem muitos jogadores de qualidade como Denisov ou Arshavin, entre tantos outros. Não esperava que esta equipa ganhasse a prova, mas admito que a vitória nas meias-finais contra o Bayern de Munique me deixou abismado, pois deu credibilidade a uma ideia que já circulava há algum tempo nos 'media' que seguiam a Taça Uefa deste ano: este não era um conjunto qualquer.
A vitória sobre um defensivo e quase apático Glasgow Rangers deu-lhes a notoriedade e o troféu que os campeões russos mereciam. Fica agora aqui a minha interrogação sobre qual será o futuro desta equipa que, á semelhança do CSKA de 2004/2005, conquistou de surpresa a segunda maior prova europeia de clubes.
Manchester United FC. Sem dúvida, o melhor emblema do ano. Um plantel fantástico, recheado de internacionais, onde pontifica Cristiano Ronaldo dos Santos Aveiro, vulgo Cristiano Ronaldo, o futebolista do ano, a quem só falta um título de selecções para concluir o seu processo de afirmação internacional como um dos melhores. Por outro lado, o Chelsea FC, clube que, sem Mourinho, lutou até á última jornada pelo campeonato e chegou á final da Liga dos Campeões, para ter o azar de perder nos 'penalties'. A fatalidade de falhar na recta final tornou-se, este ano, num hábito para os homens de Avram Grant.
No jogo em causa, ao domínio dos 'red devils' na primeira parte, sucedeu-se o controlo dos 'blues' na segunda. A enorme sorte dos de Manchester contrastava com o desalento de John Terry por ter escorregado naquele momento crucial.
Salvou-se assim Ronaldo, que de herói, passou, após ter permitido a defesa de Cech, a possível vilão. Para ele, caso o desfecho tivesse sido o oposto, a pressão teria sido horrível; para nós, graças a Van der Sar, recuperamos, se bem que metaforicamente, a nossa grande estrela.
Espera-se muito de Cristiano no Europeu deste verão, espera-se muito de Portugal. Graças a uma final muito bem disputada, graças a duas bolas que foram ao poste, graças a um jogo fantástico, a nossa candidatura (e a dele) mantêm-se intactas. Na Áustria e na Suíça veremos se a influência de Alex Ferguson no desempenho do madeirense o impede de, na selecção nacional, mostrar o mesmo tipo de qualidades. A bem do conjunto nacional, espero que não.

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