sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

American Update

Depois da CAN, passamos para os Supers: o Bowl e o Tuesday.

No Super Bowl XLII, a 42ª edição da final do campeonato norte-americano de football (NFL), os NY Giants, comandados pelo quarter-back Eli Manning (nome verdadeiramente nova-iorquino), deram cabo da "perfect season" (18W-0L até então) dos New England Patriots, a equipa de Tom Brady, o namorado da conhecida (ía meter "nossa" mas também quem é que não sabe quem ela é?) super-modelo Gisele Bündchen, vencendo o jogo por 17-14.

O verdadeiro upset, bem ao gosto americano, ocorreu em Phoenix, Arizona, quando no último 'quarter' da partida, a trinta segundos do fim, os Giants roubaram a liderança no encontro aos Patriots através de um 'touchdown' fenomenal.

Termino a minha análise deste tema com um video, que vale a pena ver, com os 'highlights' da partida.



Passando então para a apreciação da muito apetecida e disputada "Super Tuesday", destacam-se, desde já, as vitórias de Obama e Clinton - as do primeiro pela quantidade (13), as da segunda pela qualidade (os dois super-estados em questão: NY e CAL e todos os outros estados-chave) - e a quase definição (digo quase porque só Mitt Romney saiu de cena) do candidato republicano, John McCain (é quase uma certeza 100% a nomeação).

Na senda desta ideia inicial sou apoiado pela análise do jornalista da SIC, Luís Costa Ribas (que vi em directo e que faço questão de passar para aqui porque achei mesmo muito boa) e pelo texto do jornalista Manuel Queiroz no DN de ontem, intitulado "O SABOR DO MASSACHUSETTS", para o qual deixo aqui o link.


Se a questão fica mais ou menos definida para os membros do partido republicano, no campo dos democratas a coisa só se decidirá no fim de Março, quando as primárias e os 'caucases' estiverem quase todos feitos.

Paradigmático desta terça-feira é, no entanto, o exemplo que sai do Estado do Massachusetts, onde Barack Obama tinha o apoio dos Kennedys, de John Kerry e da omnipresente Oprah e levou uma descomunal "coça" de Hillary Clinton. Chamo a este caso "a hipocrisia do candidato" ou, se preferirem tudo bem explicadinho, a incoerência do discurso e postura deste perante o contraste provocado pelo apoio de tantos pesos-pesados que, afinal de contas, são tão ou mais parte do sistema e da maquina partidária democrática quanto o são os Clinton.

Para terminar, queria fazer uma referência a um texto do Prof. Pedro Lomba, também para o DN, que, entre outras coisas, alerta para um perigo: em política nos USA, um congresso nacional democrata dividido significa vitória republicana nas eleições.

É muito bonito quando existe concorrência, competência e candidatos dentro do partido mas se não houver uma decisão "a sério" até a data do congresso temo pelo candidato deste partido, porque a reacção do eleitorado bem pode ser votar em McCain e "dar-lhe" a Presidência. Não seria a primeira vez...

PS: Querem saber mais sobre a campanha e acompanhar tudo minuto-a-minuto. Vão ao site da CNN, em especial aqui.

1 comentário:

Anónimo disse...

O texto tá do c.....! Grande Bernas, continua assim! Um abraço.

Pedro