Se aquilo que vão ler a seguir vos parece estranho, é porque não surgiu do nada ou de um momento de reflexão profunda capaz de me proporcionar uma elevação intelectual que resulte num texto de opinião fantástico. Nasceu deste excelente texto, do blogue Vicarious Liability, que, independentemente da opinião que possam ter sobre o mesmo, é mais do que objecto de recomendação.
Assim sendo, as próximas linhas (e são muitas) representam um comment que eu deixei ao texto supra citado, mas podiam facilmente ser apenas um post meu. E mesmo descartando uma interpretação que tem que ser feita (tendo por base sempre o post que referi), creio que vale sempre a pena postar aquilo que achamos... Em suma, aqui está o comment, sendo que recomendo vivamente, até para que compreendam melhor aquilo que aqui está escrito, que leiam primeiro o post que o originou.
Pensei em deixar aqui um comment simples sobre este texto, algo como "Brutal!", ou "Soberbo!", ficando assim, para mim, o assunto encerrado.
No entanto, após segunda leitura (tanto do texto em questão como dos comments publicados até à altura), decidi deixar aqui algumas considerações que creio serem pertinentes:
- Por mais bem intencionadas que sejam estas iniciativas, tenho sérias dúvidas no que concerne à aplicabilidade destas e existência de consequências práticas decorrente das mesmas.
- (Aplicabilidade) Será que estamos a pedir aos alunos que se constituam "carne para canhão" quando se quer que eles confiem na AAFDL (que ideia mais assustadora!) e apresentem queixas (que todos sabem quais são!) sobre os assuntos que o panfleto visa?
Obviamente que sim!
- (Consequências práticas) Será que alguém acredita que a AAFDL será capaz de tratar estes dados com a confidencialidade e com a segurança necessárias, e que a FDL tratará os alunos (e os problemas) em causa com o respeito e correcção que se impõem?
Eu não acredito!
- Não concordo com a tua visão da actividade e trabalho associativo. Nesta AE tal como em todas as instituições, existem pessoas que trabalham apenas visando o bem daqueles que deveriam (e muitas vezes não são) ser os principais beneficiários do funcionamentos destas, no nosso caso, os alunos.
- Não que a tua apreciação peque por ser falsa. Não acho que esteja totalmente errada. Apenas, no meu entender, falha por ser global, esquecendo como consequência o particular, ie. todas aquelas pessoas que referi (e, por inerência, o trabalho que elas desenvolvem). Pessoas que merecem o reconhecimento e o apreço de todos e não a "crítica fácil" que, motivados por uma data de razões, somos sempre tentados a fazer.
- Lamento imenso a inexistência de um Manuel Subtil na nossa faculdade. Fazia falta alguem a quem pudessemos levar as nossas queixas e exigências visando aquele providencial dia em que, armado de granadas e tnt, ele se decidisse barricar num dos wc's do edifício novo da FDL.
- Quanto ás cunhas, politiquices, ausências (ou não) de presidente no CD, seguranças que sabem Krav Magah (isto sim brutal!)... Tudo isto faz parte de um enorme reportório de situações incontornáveis do nosso dia-a-dia enquanto estudantes desta casa e cidadãos deste país.
- Contornável (prefiro dizer solucionável) e preocupante são os problemas que a associação salienta no documento em causa e outros já referênciados por esta e que professores como o prof. Jorge Miranda (em recente acção) querem ver resolvidos.
- Os nossos problemas enquanto alunos podem e devem ser resolvidos. Só falta vontade. Até porque tão (ou mais) importante são os problemas que nos afectam a um nível superior, não apenas como estudantes da FDL, mas como alunos no Ensino Superior em Portugal.
- Quanto ao P.S., compreendo o espaço ocupado pelo "tal grupo" na nossa "comunidade", mas discordo de que podemos criticar sem apresentar alternativas, sem conseguirmos ou querermos fazer melhor.
- Não vejo nada de construtivo na acção de indivíduos que para além do rótulo de iluminados querem que eu (enquanto aluno) lhes passe um cheque em branco para dizerem mal e criticarem sem que haja um esforço para apresentar uma alternativa. Se calhar é mesmo da lux...
Por fim, queria deixar aqui uma consideração relacionada com os comments que, até agora, pude ler.
- Talvez, no dia em que as pessoas que controlam e retêm a informação sobre tudo quanto sucede e acontece na FDL e AAFDL que é importante para nós, vulgares alunos (sim, porque informação é, e será sempre, poder), a nossa opinião sobre muitas coisas mude.
- Uma newsletter bastava, informação sobre os desenvolvimentos do pedagógico, do directivo, de bolonha, da fdl, da aafdl, do ensino superior. Não era muito. Mas era bom. Há quem o faça (conheço uma certa conselheira pedagógica que o faz para vários - 12 acho eu - cursos diferentes).
É que nós vulgares alunos não somos nenhuma elite, nem queremos saber das coagitações dos "pseudo" (digo eu) poderosos ou iluminados, ou aspirantes a ambos. Queremos apenas saber mais. Saber aquilo a que (acho eu) temos direito a saber.
E até lá, lamento Bernardo, mas a culpa é toda vossa (dos "pseudo" (digo eu) poderosos ou iluminados, ou aspirantes a ambos, não tua, obviamente).
Até porque pode ser tudo muito histórico (e na nossa faculdade todas as eleições, assembleias, reuniões e afins costumam acabar por ser rotuladas de históricas o que, por vezes, acaba por ser um pouco ridículo), mas se as pessoas não sabem disso (e de quase tudo o resto), como queres melhor opinião?
Não somos nós que não estamos atentos, somos nós que não somos informados. Não se querem boatos, não se querem conversas de bar, quer-se informação, mails, newsletters, jornais de parede, algo assim...
Um abraço para os dois, e perdoem-me o comprimento do comment.
Bernardo Rosmaninho
Assim sendo, as próximas linhas (e são muitas) representam um comment que eu deixei ao texto supra citado, mas podiam facilmente ser apenas um post meu. E mesmo descartando uma interpretação que tem que ser feita (tendo por base sempre o post que referi), creio que vale sempre a pena postar aquilo que achamos... Em suma, aqui está o comment, sendo que recomendo vivamente, até para que compreendam melhor aquilo que aqui está escrito, que leiam primeiro o post que o originou.
Pensei em deixar aqui um comment simples sobre este texto, algo como "Brutal!", ou "Soberbo!", ficando assim, para mim, o assunto encerrado.
No entanto, após segunda leitura (tanto do texto em questão como dos comments publicados até à altura), decidi deixar aqui algumas considerações que creio serem pertinentes:
- Por mais bem intencionadas que sejam estas iniciativas, tenho sérias dúvidas no que concerne à aplicabilidade destas e existência de consequências práticas decorrente das mesmas.
- (Aplicabilidade) Será que estamos a pedir aos alunos que se constituam "carne para canhão" quando se quer que eles confiem na AAFDL (que ideia mais assustadora!) e apresentem queixas (que todos sabem quais são!) sobre os assuntos que o panfleto visa?
Obviamente que sim!
- (Consequências práticas) Será que alguém acredita que a AAFDL será capaz de tratar estes dados com a confidencialidade e com a segurança necessárias, e que a FDL tratará os alunos (e os problemas) em causa com o respeito e correcção que se impõem?
Eu não acredito!
- Não concordo com a tua visão da actividade e trabalho associativo. Nesta AE tal como em todas as instituições, existem pessoas que trabalham apenas visando o bem daqueles que deveriam (e muitas vezes não são) ser os principais beneficiários do funcionamentos destas, no nosso caso, os alunos.
- Não que a tua apreciação peque por ser falsa. Não acho que esteja totalmente errada. Apenas, no meu entender, falha por ser global, esquecendo como consequência o particular, ie. todas aquelas pessoas que referi (e, por inerência, o trabalho que elas desenvolvem). Pessoas que merecem o reconhecimento e o apreço de todos e não a "crítica fácil" que, motivados por uma data de razões, somos sempre tentados a fazer.
- Lamento imenso a inexistência de um Manuel Subtil na nossa faculdade. Fazia falta alguem a quem pudessemos levar as nossas queixas e exigências visando aquele providencial dia em que, armado de granadas e tnt, ele se decidisse barricar num dos wc's do edifício novo da FDL.
- Quanto ás cunhas, politiquices, ausências (ou não) de presidente no CD, seguranças que sabem Krav Magah (isto sim brutal!)... Tudo isto faz parte de um enorme reportório de situações incontornáveis do nosso dia-a-dia enquanto estudantes desta casa e cidadãos deste país.
- Contornável (prefiro dizer solucionável) e preocupante são os problemas que a associação salienta no documento em causa e outros já referênciados por esta e que professores como o prof. Jorge Miranda (em recente acção) querem ver resolvidos.
- Os nossos problemas enquanto alunos podem e devem ser resolvidos. Só falta vontade. Até porque tão (ou mais) importante são os problemas que nos afectam a um nível superior, não apenas como estudantes da FDL, mas como alunos no Ensino Superior em Portugal.
- Quanto ao P.S., compreendo o espaço ocupado pelo "tal grupo" na nossa "comunidade", mas discordo de que podemos criticar sem apresentar alternativas, sem conseguirmos ou querermos fazer melhor.
- Não vejo nada de construtivo na acção de indivíduos que para além do rótulo de iluminados querem que eu (enquanto aluno) lhes passe um cheque em branco para dizerem mal e criticarem sem que haja um esforço para apresentar uma alternativa. Se calhar é mesmo da lux...
Por fim, queria deixar aqui uma consideração relacionada com os comments que, até agora, pude ler.
- Talvez, no dia em que as pessoas que controlam e retêm a informação sobre tudo quanto sucede e acontece na FDL e AAFDL que é importante para nós, vulgares alunos (sim, porque informação é, e será sempre, poder), a nossa opinião sobre muitas coisas mude.
- Uma newsletter bastava, informação sobre os desenvolvimentos do pedagógico, do directivo, de bolonha, da fdl, da aafdl, do ensino superior. Não era muito. Mas era bom. Há quem o faça (conheço uma certa conselheira pedagógica que o faz para vários - 12 acho eu - cursos diferentes).
É que nós vulgares alunos não somos nenhuma elite, nem queremos saber das coagitações dos "pseudo" (digo eu) poderosos ou iluminados, ou aspirantes a ambos. Queremos apenas saber mais. Saber aquilo a que (acho eu) temos direito a saber.
E até lá, lamento Bernardo, mas a culpa é toda vossa (dos "pseudo" (digo eu) poderosos ou iluminados, ou aspirantes a ambos, não tua, obviamente).
Até porque pode ser tudo muito histórico (e na nossa faculdade todas as eleições, assembleias, reuniões e afins costumam acabar por ser rotuladas de históricas o que, por vezes, acaba por ser um pouco ridículo), mas se as pessoas não sabem disso (e de quase tudo o resto), como queres melhor opinião?
Não somos nós que não estamos atentos, somos nós que não somos informados. Não se querem boatos, não se querem conversas de bar, quer-se informação, mails, newsletters, jornais de parede, algo assim...
Um abraço para os dois, e perdoem-me o comprimento do comment.
Bernardo Rosmaninho
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