sábado, 21 de julho de 2007

Só para quem viu o Debate Mensal (considerações pessoais - resumo do mesmo).

- O debate não foi só sobre a Liberdade. Também se discutiram coisas importantes como o RJBPP (Regime Jurídico dos Bufos Politico-Partidários), que, para colmatar gravíssima lacuna no ordenamento jurídico nacional, vai entrar em vigor o mais depressa possível.

- Claro que também se discutiu sobre a Liberdade dos Bufos, isto porque não se pode olvidar os direitos e garantias de indivíduos que fazem pela vida denunciando situações potencialmente destrutivas da unidade e integridade do Estado. Sobre o assunto (mais ou menos sobre isso, mas mesmo assim vale a pena ler) cliquem aqui.

- O Sr. (isto porque não é engenheiro) Sócrates não aceita lições de ninguém. Já percebemos porque é que ele não acabou o curso...

- O Deputado Portas não consegue apertar os botões do fato... e nota-se ali uma certa barriguinha. Ergo, a ressaca das autárquicas foi passada no "Caldas"...

- O Sr. Deputado que se sentou atrás do Jerónimo de Sousa parecia um segurança de um bar de alterne. Esqueceu-se de mudar a indumentária para o emprego de dia...

- Vão ser criadas duas novas autoridades, a serem presididas pelo Presidente do Conselho... hmm, desculpem... do Governo. Assim sendo, nascerão brevemente a AACTC-SON (Alta Autoridade para o Controlo de Toda a Comunicação-Social Ou Não) e a EROC-CA (Entidade Reguladora da Opinião dos Cidadãos-do Continente e Açores).

- A Madeira não será abrangida por esta última entidade, visto que é alvo de uma isenção especial, á semelhança do que sucede com os regimes fiscais, tributários... pronto, básicamente á semelhança do que sucede com todo o tipo de encargos ou responsabilidades (isto enquanto o Alberto João estiver no poder, ou seja, nas próximas quatro [pronto, cinco] décadas).

- Em suma, sabemos que oposição não existe, que este Governo aprecia (e muito) o conceito orwelliano do "Big Brother", que não aceita lições de ninguém, que a comunicação social esforça-se (e muito) por conotar a "crise" com a direita quando foi visível que a esquerda também não anda muito melhor, que temos que ter mais filhos, isto se queremos ter mais guito, e que esta República está a dar as últimas, porque vamos regressar ao Estado Novo, mas agora numa versão Rosé, tal como o Mateus, mais leve, mais subtil, e com muitos acessores...

2 comentários:

Anónimo disse...

Bernardo,

1. Sócrates não é Engenheiro, pois não está inscrito na Ordem dos Engenheiros. Porém, o tratá-lo por Engenheiro é uma convenção social. Socialmente, convencionou-se que os licenciados em Engenharia são Engenheiros, os licenciados em Arquitectura são Arquitectos, os licenciados em Medicina são Drs., assim como os licenciados em Direito são Drs. Trata-se, apenas, de uma convenção social.

2. Dizeres que Sócrates não acabou o curso é falso. Sócrates é licenciado em Engenharia Civil, pela Universidade Independente, que, aquando da emissão do Certificado de Licenciatura, era uma instituição de ensino superior reconhecida pelo Estado. Até prova do contrário, Sócrates é licenciado. Qualquer afirmação em contrário, que não esteja devidamente provada (e/ou aceite como prova em tribunal), é uma difamação de um cidadão português. Certamente, um aprendiz de jurista , como tu, percebe isto...

3. "O Sr. Deputado que se sentou atrás do Jerónimo de Sousa parecia um segurança de um bar de alterne. Esqueceu-se de mudar a indumentária para o emprego de dia..." - Suponho que o conceito de direito à imagem não te diz nada. É pena.

Bernardo, quem tem potencial, como é o teu caso, para fazer valer um ponto de vista, não precisa de denegrir um adversário, para se valorizar. Fica aqui a sugestão, continua o bom trabalho.

Bernardo Rosmaninho disse...

Jackal,

1) O título de Engenheiro, tal como os outros que referiste são, de facto, atribuídos por convenção social a uma pessoa que se licenciou na área referente ao mesmo.
É uma convenção social que tem a sua origem no mérito do indivíduo que obtem um determinado grau nos seus estudos, e no reconhecimento social que advem desta obtenção e do esforço inerente ao alcançar da mesma.

2) Agora pergunto-te eu se encontras algum mérito na conclusão da licenciatura da pessoa em causa, se vês algum reconhecimento que deva ser feito a um grau que é obtido nas circunstâncias que todos conhecemos, independentemente da instituição que o certificou e da polémica que, posteriormente, grassou nela?
Não obstante, tens toda a razão, o nosso PM acabou o curso.

3) Se te preocupa o meu claro desrespeito pelo direito á imagem do Sr. Deputado em questão, então só poderá ser porque não compreendes aquilo que eu entendo ser um claro desrespeito pelo lugar e posição que o deputado em causa ocupa.
Afinal de contas, também fui eu, enquanto eleitor, que o coloquei naquele lugar. O mínimo que o senhor deve fazer é, dentro de certos limites, neste e noutros campos (mais importantes, inclusivé), demonstrar algum respeito pelo cargo para o qual foi eleito.
Que essa falha seja notória é que é uma pena.

4) Acredita que agradeço e estimo a tua apreciação do meu "trabalho" e potencial.

5) Mas para poder denegrir um adversário e daí obter algum tipo de valorização, como disseste, tenho que me posicionar como tal e tenho que me apresentar como meio alternativo ou como defensor de um ponto de vista ou posição política.
Tal não sucede neste caso.
Não só porque não possuo nenhum tipo de filiação ou preferência política e/ou partidária, mas também porque aquilo que fiz foi apenas uma análise, mais sarcástica do que crítica e que deveria ser levada de forma pouco séria.

6) Isto porque, a comentar algo deste género de forma mais séria, não seria tão gentil, nem faria pontos de situações que, na conjunto de um debate mensal no parlamento, pouco ou nenhum interesse têm.

Cumprimentos,

Bernardo Rosmaninho.