Semana de trabalho, muito trabalho, e de um reencontro, feliz, com um antigo colega da minha faculdade, agora monitor de História do Direito e advogado júnior numa boa firma de advogados aqui em Lisboa (onde, ao que aparenta, se vai formando, assim lentamente, um “cluster” de antigos dirigentes associativos da FDL). Longe vão os tempos do blogue do colega Filipe Daniel, agora advogado e professor. Fico feliz em rever pessoas que conheci na faculdade satisfeitas com aquilo que fazem como trabalho.
Vou acompanhando, com muita atenção, a questão das eleições no PSD, que vai oscilando, em termos da comunicação social, entre a ‘competente’ Ferreira Leite, o ‘eterno candidato’ Santana Lopes, o ‘jovem promissor’ Passos Coelho e a mão cheia de candidatos que se foi escoando conforme os “maiores” do partido se candidatavam ou manifestavam apoio a esta ou outra candidatura.
O problema do PSD (problema que outrora foi a sua força) são, sem dúvida, a centenas de sensibilidades (poderia acrescentar individualidades). Todas com opinião ou, com aspirações que têm que ser satisfeitas, algo que, estando o partido na oposição, é mais difícil de acontecer. Onde antes a divergência começava nas opiniões e nas crenças, diferentes, sobre o rumo a tomar, agora a partido surge um pouco marginalizado e desgastado pela pouca qualidade das figuras que vão aparecendo á sua frente ou em sua representação (na comunicação social). Veja-se o caso de Pedro Santana Lopes, Miguel Relvas, Luís Filipe Menezes e seus companheiros. Só assim se pode compreender a afirmação do Prof. Rebelo de Sousa que, não considerando Santana capaz para a liderança (do partido ou do governo), acha que é pessoa para dar luta (quiçá ter sucesso) contra António Costa na CM de Lisboa.
Não que o PS não encontre no seu seio situações ou problemas iguais (não é por acaso que foi a este partido que se conotou, pela primeira vez, a expressão “jobs for the boys”), simplesmente agora vem ao de cima, mais do que tudo isto, muito por causa da liderança unificadora de Sócrates, aquela capacidade socialista de, sem olhar a meios ou gastos, agarrar (e manter) o poder (vide. Caso dos militantes da Amadora ou das eleições para Lisboa).
Talvez por ver que só com alguém jovem (e novo na habitual lista de putativos candidatos á liderança) é que os sociais-democratas tem alguma hipótese de fazer frente a um governo socialista muito bem entrincheirado e que já vê a renovação do mandato como um dado adquirido, sinto-me tentado a apoiar Passos Coelho, sendo que para mim Santana Lopes é um gigantesco NÃO e Manuela Ferreira Leite é, na melhor das hipóteses, um regresso a um passado competente, na pior, uma enorme “lebre” para Rui Rio, que pode ser um bom autarca mas é um mistério demasiado grande na governação para poder ser considerado sem mais nem menos.
É um partido especial este, que tem um militante na Presidência do País e da Comissão da União Europeia, mas que agoniza internamente. Portugal precisa de melhor oposição, de melhor governo, não de individualidades sedentas de poder ou incapazes de se entender mas sim de um colectivo forte, unido e determinado em levar este cantinho “beira-mar plantado” mais longe.
Vejamos a reacção dos militantes.
Vou acompanhando, com muita atenção, a questão das eleições no PSD, que vai oscilando, em termos da comunicação social, entre a ‘competente’ Ferreira Leite, o ‘eterno candidato’ Santana Lopes, o ‘jovem promissor’ Passos Coelho e a mão cheia de candidatos que se foi escoando conforme os “maiores” do partido se candidatavam ou manifestavam apoio a esta ou outra candidatura.
O problema do PSD (problema que outrora foi a sua força) são, sem dúvida, a centenas de sensibilidades (poderia acrescentar individualidades). Todas com opinião ou, com aspirações que têm que ser satisfeitas, algo que, estando o partido na oposição, é mais difícil de acontecer. Onde antes a divergência começava nas opiniões e nas crenças, diferentes, sobre o rumo a tomar, agora a partido surge um pouco marginalizado e desgastado pela pouca qualidade das figuras que vão aparecendo á sua frente ou em sua representação (na comunicação social). Veja-se o caso de Pedro Santana Lopes, Miguel Relvas, Luís Filipe Menezes e seus companheiros. Só assim se pode compreender a afirmação do Prof. Rebelo de Sousa que, não considerando Santana capaz para a liderança (do partido ou do governo), acha que é pessoa para dar luta (quiçá ter sucesso) contra António Costa na CM de Lisboa.
Não que o PS não encontre no seu seio situações ou problemas iguais (não é por acaso que foi a este partido que se conotou, pela primeira vez, a expressão “jobs for the boys”), simplesmente agora vem ao de cima, mais do que tudo isto, muito por causa da liderança unificadora de Sócrates, aquela capacidade socialista de, sem olhar a meios ou gastos, agarrar (e manter) o poder (vide. Caso dos militantes da Amadora ou das eleições para Lisboa).
Talvez por ver que só com alguém jovem (e novo na habitual lista de putativos candidatos á liderança) é que os sociais-democratas tem alguma hipótese de fazer frente a um governo socialista muito bem entrincheirado e que já vê a renovação do mandato como um dado adquirido, sinto-me tentado a apoiar Passos Coelho, sendo que para mim Santana Lopes é um gigantesco NÃO e Manuela Ferreira Leite é, na melhor das hipóteses, um regresso a um passado competente, na pior, uma enorme “lebre” para Rui Rio, que pode ser um bom autarca mas é um mistério demasiado grande na governação para poder ser considerado sem mais nem menos.
É um partido especial este, que tem um militante na Presidência do País e da Comissão da União Europeia, mas que agoniza internamente. Portugal precisa de melhor oposição, de melhor governo, não de individualidades sedentas de poder ou incapazes de se entender mas sim de um colectivo forte, unido e determinado em levar este cantinho “beira-mar plantado” mais longe.
Vejamos a reacção dos militantes.
1 comentário:
Olha que o Relvas apoia o Passos Coelho... Um "buraco" nessa tua teoria, não diria?
Mesmo assim o post está muito bom.
Fica bem. Um abraço
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