Nota: A expressão "Leitura Digestiva" diz respeito aos livros que costumo ler muitas vezes ou aqueles livros que aprecio tanto, que acabo por, independentemente do tamanho destes ou do tempo disponível, me envolver na leitura deles, levando-os para todo o lado e aproveitando toda a ocasião para os ler, até que os acabe (quem me conhece melhor e/ou já passou férias comigo já está habituado a ver-me com o 'tijolo' atrás, sendo que não é de todo invulgar passado dois, três dias, já ter mudado de exemplar...).
Estão a ver a "Nota:", bem no inicio, pequenina, a advertir que eu não sou de maneira alguma (nem quero ser) o Prof. Doutor Marcelo a sugerir livros para o "povo" ler?
Estão a ver aquilo? Podem cagar por completo (mas só desta vez). Porquê?
Porque eu não tenho tido tempo para me dedicar a esta rubrica, porque não queria começar a fazer uma listagem das dezenas de livros lidos pré e pós recuperação do acidente (acho isso ridículo), mas mais importante, porque me apeteceu, desta vez, falar sobre um livro que não fosse do mesmo género que os das edições anteriores do "Leitura", isto é, um romance histórico.
Eu adoro romances históricos, mas encontrei este 'minorca' no meu quarto quando estava a remodelar (ergo, remover tudo - e mandar o que está a mais para o lixo - reorganizar tudo e depois limpar e arrumar o que resta) a casa. Ficamos a olhar um para o outro, e perante os gritos, imprecações e protestos, parei tudo e fiquei por uma tarde a ler o sujeito.
Valeu a pena pela simplicidade, pela facilidade com que nos contam toda a vida de uma pessoa e de uma comunidade partindo de um facto consumado, a morte de Santiago Nasar.
O prefácio, com frase de Gil Vicente, está excelente, e a história, contada de facto como se de uma crónica se tratasse é envolvente, sendo este aquele tipo de obra em que, apesar de já sabermos como tudo acaba, queremos avidamente ler, porque não temos o "como", porque sem mais informação, sem mais nada, aquele facto que nos apresentam ao início como consumado é manifestamente insuficiente para saciar a curiosidade que leva qualquer leitor a abrir um livro.
No fim de contas, salvam-se 155 páginas que me souberam bem ler (até porque já não lia nada deste senhor - Gabriel García Márquez - desde que o SLB foi campeão, ou seja, fazia algum tempo).
Curioso que, antes de reler este livro, se me perguntassem, não me lembraria nunca qual seria a origem desta expressão ("crónica de uma morte anunciada"), expressão que já ouvi tanta vez e que me recordo de ler, naqueles artigos sobre mais um enterro do Benfica (vide Celta de Vigo) ou da Selecção (pré-Scolari "claro", i.e. Oliveiras, Artur Jorges e Casos Paula), sempre ligeiramente modificada (ou não).
PS: Para quem não está habituado, perdoem-me o uso do calão. Para os restantes, um forte abraço.
PS2: Para lerem os "Leitura Digestiva" anteriores carreguem na 'etiqueta' no fim deste post ou no link que se encontra no separador "Rúbricas do Bernas", na barra lateral do blogue.
Estão a ver aquilo? Podem cagar por completo (mas só desta vez). Porquê?
Porque eu não tenho tido tempo para me dedicar a esta rubrica, porque não queria começar a fazer uma listagem das dezenas de livros lidos pré e pós recuperação do acidente (acho isso ridículo), mas mais importante, porque me apeteceu, desta vez, falar sobre um livro que não fosse do mesmo género que os das edições anteriores do "Leitura", isto é, um romance histórico.
Eu adoro romances históricos, mas encontrei este 'minorca' no meu quarto quando estava a remodelar (ergo, remover tudo - e mandar o que está a mais para o lixo - reorganizar tudo e depois limpar e arrumar o que resta) a casa. Ficamos a olhar um para o outro, e perante os gritos, imprecações e protestos, parei tudo e fiquei por uma tarde a ler o sujeito.
Valeu a pena pela simplicidade, pela facilidade com que nos contam toda a vida de uma pessoa e de uma comunidade partindo de um facto consumado, a morte de Santiago Nasar.
O prefácio, com frase de Gil Vicente, está excelente, e a história, contada de facto como se de uma crónica se tratasse é envolvente, sendo este aquele tipo de obra em que, apesar de já sabermos como tudo acaba, queremos avidamente ler, porque não temos o "como", porque sem mais informação, sem mais nada, aquele facto que nos apresentam ao início como consumado é manifestamente insuficiente para saciar a curiosidade que leva qualquer leitor a abrir um livro.
No fim de contas, salvam-se 155 páginas que me souberam bem ler (até porque já não lia nada deste senhor - Gabriel García Márquez - desde que o SLB foi campeão, ou seja, fazia algum tempo).
Curioso que, antes de reler este livro, se me perguntassem, não me lembraria nunca qual seria a origem desta expressão ("crónica de uma morte anunciada"), expressão que já ouvi tanta vez e que me recordo de ler, naqueles artigos sobre mais um enterro do Benfica (vide Celta de Vigo) ou da Selecção (pré-Scolari "claro", i.e. Oliveiras, Artur Jorges e Casos Paula), sempre ligeiramente modificada (ou não).
PS: Para quem não está habituado, perdoem-me o uso do calão. Para os restantes, um forte abraço.
PS2: Para lerem os "Leitura Digestiva" anteriores carreguem na 'etiqueta' no fim deste post ou no link que se encontra no separador "Rúbricas do Bernas", na barra lateral do blogue.
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