quinta-feira, 19 de abril de 2007

Duas realidades diferentes...

Enquanto o hemisfério norte do rugby mundial se vai destruindo aos poucos...

- quer seja por força do recente boicote anglo-francês à Heineken Cup (Liga dos Campeões do rugby) e à Challenge Cup (Taça UEFA do rugby), ameaçando acabar com a competição de clubes a nível europeu;

- quer seja por causa da quase falência do rugby profissional (selecção incluída) na Escócia, que não possui as condições do rugby provincial (e nacional) da Irlanda ou de Gales, que prospera, e que não tem uma competição (Guinness Premiership) e uma base tão forte (correcção. fortíssima) como a do rugby na Inglaterra;

- ou por via da falta de visão e ganância dos promotores do jogo, que decidem acabar com uma prova centenária (a Taça da Inglaterra) e substituí-la com uma competição (EDF Energy Cup) que apenas inclui os melhores clubes ingleses e galeses (algo economicamente muito bonito para 16 clubes envolvidos) mas que deixa todos os outros - encabeçados pelos da National Division One (a 2ª divisão inglesa) - sem uma "taça" a nível nacional para poderem competir;

- ou até por pura falta de vontade em entender e ajustar as competições a todas as partes envolvidas (jogadores, clubes e federação), prejudicando directamente as selecções (a Inglaterra agoniza em termos de resultados muito por causa deste diferendo que ainda não está sanado! e que já envolveu o Supremo Tribunal inglês) e os jogadores (que são mal geridos e que se lesionam e desgastam, nunca podendo estar ao seu melhor), e indirectamente os clubes, que pagam aos jogadores e que vêm as suas equipas fraquejar em campo e falhar objectivos como consequência deste não entendimento;


As nações do hemisfério sul do rugby mundial entendem-se e fortalecem cada vez mais os laços existentes entre si...

- prova disto é esta notícia que dá conta da provável adição ao Tri-Nations (o 6 Nações do hemisfério sul, que envolve Austrália, Africa do Sul e Nova Zelândia), das selecções da Argentina e das Ilhas do Pacífico (selecção que congrega os melhores jogadores da Tonga, Samoa e das Fidji);

- e que também adverte que o próximo passo será a inclusão de equipas provinciais argentinas no Super 14 (a super-competição de clubes/províncias do hemisfério sul, envolvendo equipas australianas, sul-africanas. e nova-zelandezas [uma espécie de Super Liga dos Campeões]);


Para quando a inclusão de promoção/despromoção no 6 Nations?
Para quando um retorno das equipas portuguesas à Europa (e um apoio condigno para esse fim)?
Para quando um fim de todos estes conflitos que minam a credibilidade e a capacidade do rugby de topo europeu?

Até que estas coisas sucedam, temos que continuar agradecidos por notícias como esta.

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