No dia 25 de Abril, dia em que invariavemente a nossa televisão passa 7655 documentários sobre a data, entrevista o pentaneto de todo e qualquer indivíduo envolvido na Revolução, recorda a tudo e todos quão bom é o actual regime e termina a noite com o filme "Capitães de Abril", da Maria de Medeiros, o que faz este blog?
Põe um post com um cravo? Faz uma grande festa e adula esta república, escarnecendo, por contraposição, do anterior regime? Ou apresenta os resultados de mais um jogo da Champions (e já agora do Chelsea Under 20, que se sagrou, na segunda-feira, Campeão de Futsal no CIF da FDL [para mais info, ver post anterior], vencendo os jogos da meia final e final desta competição)?
Sinceramente, entre as opções apresentadas, prefiro a última. Não por não reconhecer que este dia marca uma data importante e um acontecimento que, para o bem e para o mal, marcou imenso a nossa sociedade e a nossa maneira de viver.
Apenas porque me irrita sobremaneira a contradição intrínseca à maneira de pensar do povo português, que é capaz de passar 364 dias do ano a dizer mal de tudo e de todos (impostos, governos, oposições, "estado das coisas" [esta a mais comum e frequente das queixas e lamúrias], entre outros/as) e a lamentar-se de como agora tudo "é mau" e "está difícil", mas ter um dia do ano, feriado nacional (até aqui tudo bem), em que se lembra que este regime é excelente, que esta vida é fantástica, que a opressão é que era má (e era) e que agora é que estamos bem.
O que irrita não é a recordação, sempre bem-vinda, é a incoerência.
Põe um post com um cravo? Faz uma grande festa e adula esta república, escarnecendo, por contraposição, do anterior regime? Ou apresenta os resultados de mais um jogo da Champions (e já agora do Chelsea Under 20, que se sagrou, na segunda-feira, Campeão de Futsal no CIF da FDL [para mais info, ver post anterior], vencendo os jogos da meia final e final desta competição)?
Sinceramente, entre as opções apresentadas, prefiro a última. Não por não reconhecer que este dia marca uma data importante e um acontecimento que, para o bem e para o mal, marcou imenso a nossa sociedade e a nossa maneira de viver.
Apenas porque me irrita sobremaneira a contradição intrínseca à maneira de pensar do povo português, que é capaz de passar 364 dias do ano a dizer mal de tudo e de todos (impostos, governos, oposições, "estado das coisas" [esta a mais comum e frequente das queixas e lamúrias], entre outros/as) e a lamentar-se de como agora tudo "é mau" e "está difícil", mas ter um dia do ano, feriado nacional (até aqui tudo bem), em que se lembra que este regime é excelente, que esta vida é fantástica, que a opressão é que era má (e era) e que agora é que estamos bem.
O que irrita não é a recordação, sempre bem-vinda, é a incoerência.
2 comentários:
Hello!
Very good posting.
Thank you - Have a good day!!!
Thanks for the comment.
Checked out your blog and I hope you continue posting (great blog).
Good day.
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