sábado, 3 de março de 2007

Campeonato da Europa em Pista Coberta (Birmingham, GB) e outras notícias.


Apesar de termos levado a Inglaterra uma delegação pequena, marcada em especial pelas ausências de Rui Silva e de Francis Obikwelu, já contamos, até agora, com uma medalha de ouro, de Naide Gomes, no salto em comprimento (revalidou o título conquistado à dois anos em Madrid).

Portugal (atletas convocados)
Sónia Tavares, Donas, 60 metros.
Carmo Tavares, Sporting, 800 m.
Naide Gomes, Sporting, salto em comprimento.
Susana Costa, Sporting, triplo salto.
Eleonor Tavares, Racing, salto com vara.
Nelson Évora, Benfica, triplo salto.

Principais ausências:
Rui Silva, por baixa de forma.
Francis Obikwelu, por opção.


Resultados obtidos até aqui:
Sónia Tavares, Donas, 60 metros - Eliminada nas qualificações
Carmo Tavares, Sporting, 800 m - Eliminada nas meias-finais
Naide Gomes, Sporting, salto em comprimento - 1ª Classificada (m.ouro)
Susana Costa, Sporting, triplo salto - (ainda não há resultado)
Eleonor Tavares, Racing, salto com vara - Eliminada nas qualificações
Nelson Évora, Benfica, triplo salto - 5º Classificado (lesão)


Noutras notícias, Portugal vai estar representado por 20 atletas nos Europeus de atletismo de pista coberta para atletas com deficiência mental, que irá decorrer entre 14 e 19 de Março, em Praga. [ver aqui artigo completo]
(e)
A Selecção Nacional de Corta-Mato regressou esta tarde a casa com 16 medalhas alcançadas no 3.º Campeonato da Europa INAS-FID (federação internacional de desporto para atletas com deficiência mental) que terminou hoje em Múrcia, Espanha, sendo o país mais medalhado e tendo dominado por completo o sector masculino, registando ainda claros progressos no sector feminino. [ver aqui artigo completo]

2 comentários:

Anónimo disse...

Os atletas continuam a desmentir a estratégia dos dirigentes de transformar o Sporting Clube de Portugal num clube apenas de futebol e insistem em conquistar títulos internacionais no atletismo – modalidade que, curiosamente, não tem infra-estruturas no clube, depois de demolido o velho Estádio de Alvalade. Neste sábado foi Naide Gomes, a conquistar para Portugal mais um título europeu do salto em comprimento em pista coberta, ao vencer o concurso dos Campeonatos da Europa de atletismo, em Birmingham (Inglaterra), com 6,89 metros, um novo recorde nacional.

Bernardo Rosmaninho disse...

O SCP, um clube com grande tradição no apoio e desenvolvimento de muitas modalidades, tem, no caso do atletismo, resultados que deveriam inspirar nos dirigentes leoninos novas ideias e uma mudança de mentalidade, pois a forma como estes têm tratado os seus atletas não é a mais correcta.

Em vez de apoiar a modalidade (e quem diz esta diz as restantes que o clube, no seu entender, decide apoiar, e para as quais, até muito recentemente, teve sempre condições para cumprir esses propósitos), o SCP não resiste a apostar na "moda" (ie "moda" em voga no atletismo) de adquirir atletas cotados a nível internacional apenas para apostar no ataque à Taça dos Clubes Campeões Europeus, pauperizando as competições nacionais e os seus restantes atletas, que não possuem pista para treinar nem condições adequadas para o desenvolvimento das suas capacidades, regra a que, obviamente, escapam aqueles que, a meu ver, são os 3 melhores atletas da formação leonina: Rui Silva, Francis Obikwelu e Naide Gomes, que, excepção para a Naide (porque não tenho a certeza), treinam em Espanha, são representados (treinador e agente) por espanhois, e participam (Francis aparte, por se encontrar num nível acima), maioritariamente, nas provas espanholas, vindo a Portugal para os Campeonatos Nacionais, e para uma ou outra prova.

Estes atletas dão verdadeiras "lições" aos dirigentes e, nalguns casos (leia-se Rui Silva), verdadeiras provas de amor à camisola e de dedicação, numa altura em que o clube, privado da pista do velhinho Estádio José Alvalade (entretanto já demolido), decidiu que era preferível ter uma Alvaláxia (que agora vai vender), a construír, no mesmo espaço, pavilhões para albergar condignamente as suas modalidades, que doravante (ie desde que o Alvalade Século XXI foi construído), andam com a casa ás costas estando, nalguns casos, dependentes de terceiros para sobreviverem.

É lamentável e uma pena que o atletismo seja assim tratado por um clube, e por uma federação (que demorou 5/6 anos a decidir onde queria pôr a pista dos Mundiais de Lisboa [2001] - estava empacotada no MARL), quando os seus membros mais activos, os atletas, têm desempenhos destes.

Obrigado pelo seu comentário.

Bernardo Rosmaninho